Data: 02-08-2012
Criterio:
Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Salix humboldtiana Willd. ocorre amplamente distribuida nos neotrópicos. No Brasil, foi registrada nos estados do Acre, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos Domínios Fitogeográficos Amazônia, Mata Atlântica e Pampa (Campos Sulinos). Foi apontada como útil no estabelecimento de reflorestamentos mistos, alem de possuir potencial valor no mercado de plantas ornamentais. Sua madeira costuma ser utilizada em obras internas de casas, caixotaria em geral e construção de moradias rurais. Mesmo com esses usos associados, estes parecem não configurar uma ameaça a perpetuação da espécie na natureza, uma vez que não são predatórios e apenas local. Por isso, a espécie foi avaliada como Menor Preocupação (LC) quanto a seu risco de extinção. Entretanto, estudos populacionais e dados a respeito de formas de uso podem embasar uma avaliação de risco mais robusta, subsidiada por dados quantitativos, para Salix humboldtiana Willd.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Salix humboldtiana Willd.;
Família: Salicaceae
Sinônimos:
Essa espécie é conhecida vulgarmente como: louro-da-várzea e ourana, no estado do Acre, e como salseiro no estado de São Paulo (Marquete et al.,2012).Trata-se de uma espécie pioneira bem adaptada a terrenos úmidos, sendo útil em reflorestamentos mistos (Lorenzi, 2002).
Espécie ornamental, podendo ser utilizada em paisagismo (Lorenzi, 2002).
A espécie ocorre nos estados do Acre, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Marquete et al., 2012)
A espécie caracteriza-se por porte arbóreo, decídua, heliófila, monóica, com registro de floração nos meses de Setembro e Outubro, polinização através de pequenos insetos, frutificação ocorrendo de Fevereiro a Abril, ocorre em floresta semidecídua de altitude em solos úmidos próximos a rios (Lorenzi, 2002).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A floresta Amazônica vem sofrendo ao longo dos anos intensodesmatamento, a área cumulativa desmatada na Amazônia legal brasileira chegou acerca de 653 mil km², em 2003, correspondendo a 16,3%. Esse desmatamento vemsendo gerado por especulação de terras, crescimento das cidades, aumento napecuária, exploração madeireira, agricultura familiar e para agroindústria,principalmente cultivo de soja e algodão (Fearnside, 2003; Alencar et al., 2004 e Laurance et al., 2004; Ferreira et al., 2005)
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora de Minas Gerais (COPAM/MG, 1997).
- MARQUETE, R.; TORRES, R.B.; MEDEIROS, E. Salicaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 22/03/2012.
- SLEUMER, H.O. Flacourtiaceae. New York, NY: New York Botanical Garden, 1980. 1-499 p.
- FEARNSIDE, P.M. Biodiversidade nas Florestas Amazônicas Brasileiras: riscos, valores e conservação. Manaus, AM: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2003. 44 p.
- LAURANCE, W.F.; ALBERNAZ, A.K.M.; FEARNSIDE, P.M.; VASCONCELOS, H.L.; FERREIRA, L.V. Deforestation in Amazonia. Science, v. 304, p. 1109, 2004.
- FERREIRA, L. V.; VENTICINQUE, E.; ALMEIDA, S. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas. Estudos Avançados, v. 19, n. 53, p. 157-166, 2005.
- ALENCAR, A.; NEPSTAD, D.; MCGRATH, D.; MOUTINHO, P.; PACHECO, P.; DIAZ, M.D.C.V.; FILHO, B.S. Desmatamento na Amazônia: indo além da "emergência crônica". 2004. 89 p.
- LORENZI, H. Árvores Brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Intituto Plantarum, 2002.
- YOUNG, C.E.F.GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I.G. (EDS). Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 103-118 p.
CNCFlora. Salix humboldtiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Salix humboldtiana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 02/08/2012 - 11:30:36